terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O Perdão



O Perdão é um Dom Maior, 
É fruto do Amor genuíno provindo exclusivamente de Deus; 

O Perdão é um talento exclusivo dos Valente Verdadeiros, 
Porque exige coragem para exerce-lo. 

O Perdão não pertence ao fracos, pertence aos Fortes, 
Pois os fracos recebem seus benefícios, e os Fortes geram benefícios para todos.   

O Perdão não é adquirido com ouro, prata, diamantes ou perolas... 
O Valor do Perdão a tudo excede, a de muitas pérolas, rubis e fonte inesgotável de ouro e/ou esmeralda... 

O Perdão não pode ser comprado, vendido, negociado ou trocado, ele tem quer doado gratuitamente. 

O Perdão é maior prova de Amor que existe, sem perdão o Amor não existe... 

O Perdão não é alcançado nas profundezas do mar, nem nas mais elevadas alturas dos céus que os olhos podem ver, 

A Capacidade de perdoar é um Poder estupendo que só vem de Deus, aliás é a manifestação de Deus no ser humano. 

O Perdão é um privilégio para quem recebe, é uma dadiva de Deus, um presente de valor incalculável.

O Perdão é chave do Céu da vida eterna,

O Perdão é essencial para quem quer viver a vida, longe do ódio, da guerra, do Mal... 

A Capacidade de Perdoar é adquirida numa intimidade com Deus e com as pessoas que nos amam de verdade... 


O perdão é uma virtude dos poderosos, mais precisamente dos escolhidos de Deus.
O Perdão não pode ser comprado e nem vendido, e nem adquirido por qualquer pessoa.
O Perdão é coisa de gente escolhida a dedo de Deus, não é a dedo de Reis, presidentes, ricos e etc...

O Perdão é um Poder sobre -humano para poucos...  





domingo, 13 de janeiro de 2013

Um ex-escravo- Chamado Donato

 Por AlbertoLuiz Massabni

Donato era analfabeto. Nem mesmo sabia se o tinha feito cristão.


A quebra de 1929 despovoara a fazenda. Roças em abandono, cafezal desertado. Os patrões nivelados na miséria e penúria dos colonos e camaradas.

Aos oitenta anos, o preto Donato foi um dos poucos que ficou. Tinha as mãos grossas, calejadas, ásperas, mãos que não conhecera afagos e nem carícias. Vivia descalço os pés esparramados e os calcanhares endurecidos diante de tanto trabalho.

Donato vivia num casebre pobre com poucas mobílias quase todas doadas pelos conhecidos, sua comida era pouca e pobre, quando tinha arroz, não tinha feijão, a farinha era certa na mesa.

Sozinho, aonde iria? Chegara criança á fazenda e no caminho que lhe traçara a velhice viera ao seu encontro.

Donato era analfabeto. Nem mesmo sabia se o tinha feito cristão.

Nascera para servir. Sentado na soleira da porta, tirava longas baforadas de seu pito de barro, ficava olhando o céu, e vinham às lembranças dos seus ancestrais, procurava adivinhar as feições de sua mãe, e como seria o seu pai que nunca viu.

Recolhia-se para dormir, antes do pio da coruja, com freqüência sonhava e revivia os batuques da juventude, o sino do feitor logo cedo convocando para mais um dia de trabalho nos cafezais.  O sol que aquecia era o mesmo que confortava.

A vida era só lembrança e seus sonhos foram interrompidos em uma noite com violentas contorções e repuxos, foi ao chão, tentou gritar, abraçou a terra nua de seu rancho, seus grandes olhos amarelos se fecharam para sempre.

O velho escravo marchou para o campo dos mortos, enterrado numa cova rasa, coberto por um lençol de terra e uma cruz sem nome.

Donato, um ser humano, um filho de Deus que viveu em uma terra distante e ajudou com seu trabalho a construir o nosso Brasil.